A agenda de trabalho de Rodrigo Tostes, Vice-Presidente de Finanças do Flamengo, foi agitada nos últimos dias: duas semanas em Tóquio, prestando consultoria ao Comitê Olímpico Internacional, o COI, durante as Olimpíadas, e uma semana na Europa, onde se reuniu com bancos, investidores e dirigentes de times que estão em negociação com o Rubro-Negro para se tornar um “clube filial” no Velho Continente.
Depois de um longo e árduo período de trabalho, Rodrigo Tostes desembarca no Rio de Janeiro com a mala cheio de novidades a respeito do projeto e pronto para dar mais um passo que pode ser um marco no futebol brasileiro e um passo gigantesco para a expansão da marca do Flamengo.
Rodrigo Tostes irá se reunir com o presidente Rodolfo Landim para alinhar as ideias e decidir qual caminho seguir daqui para frente. A dúvida neste momento é: buscar um time de Segunda Divisão ou um clube da elite de determinado país, mas que obrigará a ter um investimento maior? As cartas estão na mesa, opções disponíveis ao Flamengo, e a decisão será tomada em breve, após a conversa entre o VP Financeiro e o mandatário.
A única certeza é que o projeto não terá nenhum aporte financeiro do Flamengo. Ou seja, a discussão “tem dinheiro para ‘comprar’ clube no exterior, mas não tem dinheiro para contratar?” não cabe no momento, na visão do Conselho Diretor, que apoia 100% a ideia de ter um ‘time filial’ no exterior.
A visita de Rodrigo Tostes aos clubes e investidores interessados na Europa foi a parte final de um plano que começou há mais de 12 meses sob o maior sigilo possível. O VP Financeiro, que não responde a mensagens e telefonemas e se nega a falar com jornalistas, trata sobre o assunto diretamente com Rodolfo Landim, justamente para evitar que o assunto vaze e atrapalhe as negociações.
A reportagem apurou que os três times que, em Portugal, conversaram com o Flamengo sobre a possibilidade de fechar parceria foram: Tondela, Vizela e Mafra. Todos esses times têm potencial, assim como outros que estão em contato com Rodrigo Tostes. Mas vale ressaltar que até o momento não existe compra nem qualquer acordo assinado.
A ideia inicial era fechar parceria com algum clube dos Estados Unidos, mercado que está crescendo cada vez mais e país que Rodrigo Tostes morava até um tempo atrás. As conversas, porém, não avançaram por conta da pandemia da Covid-19, e a mira foi voltada para a Europa, com foco maior em Portugal.
O sentimento internamente é que o projeto de ter uma filial no exterior, caso saia de fato do papel, seja concretizado apenas em 2022, independentemente de quem seja o presidente no próximo triênio (tem eleição presidencial no Flamengo em dezembro deste ano). A atual gestão acredita que esse plano é algo benéfico para o clube independentemente de quem ganhe o pleito.