Após anos de reestruturação financeira, o Flamengo hoje é considerado um dos melhores clubes do país, tanto dentro de campo, com jogadores renomados e vencedores, quanto fora dele, com profissionais qualificados lidando com a gestão. Entre esses nomes, destaca-se Bandeira de Mello, um dos maiores responsáveis pela guinada rubro-negra e que foi lembrado por Carlos Belmonte, diretor do São Paulo, nesta quarta-feira (01).
Em entrevista aos canais ESPN, o dirigente do Tricolor Paulista colocou o time do Flamengo à frente do São Paulo, destacou o trabalho feito por Bandeira anos atrás e fez questão de lembrar da ajuda que Palmeiras e Atlético-MG recebem para poderem figurar entre as melhores equipes do Brasil.
– O caminho não é fácil, mas o Flamengo está sempre em busca de fazer duas coisas que não são tão simples de se fazer simultaneamente: Reduzir nossa dívida e voltar a ganhar títulos. Felizmente, este ano, já conquistamos um título, logo no começo da nossa gestão. Não foi fácil, fruto de muito trabalho, e ainda, quem sabe temos a Copa do Brasil na disputa. Vamos brigar, sabemos que têm times mais fortes, com maior poderio financeiro neste momento, como Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo. O Palmeiras e o Atlético-MG com ajudas externas, e não estou depreciando de forma alguma, apenas dizendo que é um fato que recebem mais recursos externos, enquanto o Flamengo teve um trabalho do Eduardo Bandeira de Mello lá trás, de recuperação da instituição, que está colhendo os frutos agora. Então, sabemos que hoje temos um elenco que precisa melhorar, mas também sabemos da dificuldade para fazer isso.
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Bandeira de Mello foi presidente do Flamengo nos triênios 2013–2015 e 2016–2018. Apesar de gozar de certo prestígio, no clube, o ex-mandatário enfrenta uma situação delicada. Isso porque ele foi punido pelo Conselho de Administração do Fla por declarações referentes ao incêndio no Ninho do Urubu. O ex-dirigente está suspenso do quadro de sócios do clube por 90 dias e, desta forma, impedido de participar das eleições para presidência pelos próximos cinco anos.