Nos próximos dias, o Flamengo anunciará oficialmente o nome de seu Fan Token, e milhões espalhados pelo mundo afora já aguardam o dia em que ele será colocado no mercado, seu valor de face e o volume do primeiro lote. Três empresas disputam a parceria mas, segundo os tais especialistas, a plataforma foi escolhida por estes dias. Entre elas uma da Chiliz (CHZ) que vem liderando o mercado neste segmento.
O FTO rubro-negro estará também na “Sócios.com”, ao lado dos maiores do mundo e sob um contrato pesado, estimado em R$ 30 milhões ao ano, por um período de três a quatro anos. Se for isso, mesmo, estaremos falando em algo entre R$ 90 a 120 milhões. É ou não é um admirável mundo novo, este universo digital?
O Flamengo tentará ingressar nesse mercado com o projeto de crescimento e alcance do maior número de pessoas, pensando no fortalecimento da marca do clube, assim como sua internacionalização.
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Ao contrário do que fizeram o Vasco e o Cruzeiro, que lançaram tokens atrelados a direitos de transferência de jogadores, o Flamengo busca seguir clubes como o Corinthians e lançar um fan token.
O admirável mundo novo
Ainda que não tenha sido pioneiro, a entrada do Corinthians no mercado de Fan Token soa como marco oficial na disputa dos clubes brasileiros na esfera digital. Com gosto de futuro!
E como os detalhes do contrato com a “Sócios.com” não foram revelados (tempo de duração e mínimo garantido), recorri a profissionais do mercado.
A estimativa é de que, neste primeiro momento, o clube paulista tenha garantido cerca de R$ 15 milhões por ano com o seu “$SCCP Fan Token”.
Paco Roche, gerente de relações públicas da plataforma, diz em comunicado que o lote inicial de 850 mil tokens esgotou em duas horas .
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E que na próxima quinta-feira (dia 9) um segundo lote será disponibilizado.
Segundo ele, o criptoativo já é o mais bem-sucedido na história da plataforma.
Não tenho dúvidas de que o frenesi gerado com as contratações de Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e Willian impulsionou as vendas.
Trata-se de um mundo novo de possibilidades que se abre para os clubes, com termos ainda pouco conhecidos e uma fonte de receitas incalculáveis.
Terra a ser desbravada, que mexe com os executivos do setor, encantados com a perspectiva de monetizar os clubes conectando-o à paixão do torcedor.
Conhecidos como FTOs, os Fan Tokens são apenas um dos ativos do mundo digital agora explorado pelas grandes marcas internacionais.
Atlético de Madri, Barcelona, Juventus, Milan, Arsenal, City, PSG e outros já estão na plataforma agora também utilizada por Atlético-MG e Corinthians.
Em linhas gerais, o “token de utilidade” foi criado para que investidores mundo afora tenham acesso a serviços, produtos e tomadas de decisão.
E pagam por isso, como se comprassem a chave que dá acesso ao portifólio de oportunidades oferecidas por aquela empresa ou instituição.
Prateleira extensa que nem os executivos do negócio digital ousam a mensurar o número de ações que uma relação dessas pode gerar.
O PSG movimentou milhões na contração de Messi; O Atlético-MG atrelou o lançamento de seu FTO à vinda do internacional Diego Costa; E o Corinthians o uniu fortemente à volta de Willian.
Grosso modo, é um ativo protegido por criptografia como uma moeda digital. Tipo um “Bitcoin’, cujo valor pode valorizar ou desvalorizar em minutos – quem vai regula-la é o mercado.
Não entendo muito pouco sobre o tema, mas quem já o domina está excitado com as novas perspectivas.
O Vasco foi o pioneiro e lançou o dele, em parceria com a MB Digital Assets, focado no mecanismo de solidariedade de 12 jogadores criados na base do clube. O Cruzeiro veio em seguida e, com o auxílio do fundador da exchange BitcoinTrade, lançou o seu FTO lastreado pelo dinheiro gerado pelo mesmo mecanismo.