A eleição de Rogério Caboclo para a presidência da CBF, que ocorreu em abril de 2018, foi anulada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira. A decisão ocorre após o magistrado contestar a Assembleia Geral que mudou a forma de votação para a presidência de entidade. A informação foi divulgada inicialmente pelo site “ge”.
De acordo com a sentença do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do TJRJ, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias. Neste período, a dupla terá que organizar uma nova eleição e não poderá concorrer ao cargo.
O principal motivo da decisão foi a mudança de peso dos votos da eleição, que foi realizada em 2017 pelos presidentes de federações, sem consultar os clubes da Série A. A CBF entende que a eleição não pode ser anulada, porque a ação foi proposta um ano antes do pleito que teve Caboclo como único candidato. A entidade deve recorrer da decisão do juiz da 2ª Vara Cível da Barra.
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Além de Caboclo, os oito vice-presidentes eleitos estão afastados da CBF. Apesar do estatuto da entidade prever que o diretor mais velho assuma o cargo e faça uma nova eleição em 30 dias, a Justiça decidiu convocar os presidentes do Flamengo e da Federação Paulista para ocupar o comando até novo pleito.
A anulação da eleição é apenas mais um episódio da maior crise da história da CBF. Em maio deste ano, Caboclo foi acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade e acabou sendo afastado do cargo pela Comissão de Ética do Futebol.