Uma ordem do presidente. Essa é a explicação para o cancelamento repentino da coletiva de Marcos Braz, anunciada para o início da tarde desta terça-feira, no Ninho do Urubu.
Surpreendido com a entrevista, Rodolfo Landim entrou em ação e decretou o veto sob a justificativa de que não haveria motivo para tratar publicamente de qualquer assunto que não fosse a semifinal da Copa do Brasil, quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Athletico-PR, no Maracanã.
A decisão gerou contra-argumentação de parte a parte desde o início do dia, uma vez que foi o próprio clube quem anunciou que Marcos Braz estaria à disposição dos jornalistas a partir das 13h, em mensagem enviada por aplicativo de mensagens às 15h31 de segunda-feira. Landim, por sua vez, foi firme em sua decisão e reiterou que qualquer tema que fugisse o campo e bola só iria atrapalhar e preparação rubro-negra nesta terça-feira.
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Com isso, a assessoria do futebol informou às 14h59, quase duas horas após o horário previsto, que a entrevista estava cancelada. O comunicado diz ainda que “uma nova data está sendo analisada e será informada”.
Na percepção do presidente, qualquer tipo de declaração envolvendo lesões e problemas com os departamentos médico e de preparação física, só desviaria o foco do confronto com o Athletico-PR e deixaria os nervos à flor da pele sem que a semifinal fosse prioridade. Diante disso, ficou decidido que a coletiva até pode existir, mas diante de um cenário mais ameno do que em uma semana onde há ainda o confronto direto com o Atlético-MG, no Brasileirão.
Marcos Braz marcou a entrevista na tarde de segunda-feira sem passar pelo presidente, que, no mesmo momento, estava reunido com os presidentes da Conmebol, Alejandro Domínguez, e do Palmeiras, Maurício Galiotte, para discutir a logística da final da Libertadores. Ao tomar conhecimento do episódio, Landim deu ordem na manhã desta terça para que a coletiva fosse cancelada. A opinião do mandatário encontrou eco em vozes importantes na diretoria e Marcos Braz acatou.